...até Mafra

28 de abril de 2009

Destas não farei eu

Erro grosseiro. Não há outro adjectivo para a decisão de Carlos Eugénio Simon. O árbitro internacional brasileiro foi iludido por uma das piores simulações de sempre e teve influência no desfecho da primeira-mão da final do Campeonato Cearense.

O Fortaleza esteve a vencer por 1-0, mas sofreu o golo do empate na conversão da polémica grande penalidade. O Fortaleza ainda conseguiu vencer por duas bolas a uma, mas o lance chega a ser cómico, dado que o defesa mantém uma boa distância do avançado.

Veja por si mesmo:



Notícia original: MaisFutebol

Só para reforçar que este é um árbitro de Top Mundial.

26 de abril de 2009

Já passou

Com o stress todo nem me lembrei que não tinha umas chuteiras para utilizar. Acabei por ter de procurar pela única SportZone que abrisse às 9h para lá ir comprar umas antes do jogo. Mais €64.50 a voar por umas Nike Total90 pretas e vermelhas, todas panisgas, mas as outras opções eram branco, prateado e verde fluorescente.

Quanto à minha actuação, o mais complicado ainda foi a identificação dos jogadores antes do início da partida. Os maganos do Casa Pia puseram o número 12 a titular e o 1 no banco, o que me fez alguma confusão na hora de chamar pelos números.

Fica a registar o meu primeiro (e único) fora-de-jogo, tirado à equipa do Atlético. Graças a Deus ambas as equipas jogaram com um líbero, o que me facilitou e muito a tarefa.
O resto foi só assinalar pontapés-de-canto, pontapés-de-baliza e lançamentos-laterais.

Logo no meu primeiro jogo tive o "prazer" de observar um sururu, com 1 jogador expulso para cada lado e ainda uma grande-penalidade e um frangalhaço à la David James do mesmo guarda-redes (acontece aos melhores).

Mas se tecnicamente o jogo foi fácil, em termos psicológicos nem tanto, que o público não facilita nada. Não sabem as leis e depois um gajo é que tem de gramar com eles que se lixa.

Para o caso de alguém passar por aqui que tenha visto o jogo, queria só explicar que:
  1. Nos pontapés-de-baliza (e pontapés-de-canto e lançamentos-laterais) não há fora de jogo.
  2. Quando o jogador está atrás da linha da bola não há fora de jogo.
  3. O jogador só está fora-de-jogo quando interfere na jogada, influencia um adversário ou toma vantagem da posição.
  4. O lançamento-lateral pode ser efectuado tendo apenas o bico da bota em contacto com a relva.
  5. "Empurrar" com os punhos cerrados ao pé do pescoço também é uma agressão.
Foi à conta de muita gente não ter conhecimento destas 5 situações que passei o jogo a ouvir comentários originais como:
  • "A tua mãe tem vergonha de ti!"
  • "A tua mãe nunca mais te vem ver!"
  • "Passaste no curso na passagem de nível do Cacém!"
  • "Saiu-te o curso na farinha 33!" (Farinha 33... esta é nova)
  • "É por isto que vocês não saem destas divisões!" (Calma, ainda agora cá cheguei)
Entre outros mais grosseiros e tradicionais como filho não sei de quem e homossexual do genital masculino (por outras palavras).

Resta agradecer ao meu padrinho de baptismo João Rodrigues (as amêndoas estão prometidas) e ao colega e quase vizinho Fábio Santos pelo apoio que me deram nesta minha estreia. E já agora também ao meu mentor Luis Sousa.

24 de abril de 2009

Nova Mensagem

AFL CA Ass,26/04,11:00,ET 2 TAPADINHA (SINT.) - ALCANTARA / LX,atletico/casa pia,C D INIC 1 DIV-HONRA,Arb.JOAO RODRIGUES,Ass.FABIO SANTOS

Está feita a minha primeira nomeação para jogos oficiais. Não estava nada à espera, já que disseram que não daria para toda a gente arbitrar até ao fim da época e eu ainda por cima já tinha tido as minhas oportunidades nos torneios da Outurela.

O que é certo é que recebi a nomeação esta semana e assim, no Domingo, dia 26 de Abril de 2009, às 11h00, no Estádio da Tapadinha, Campo Nº2 vai ser feita história.

10 de abril de 2009

Já está

10 perguntas escritas, 1 relatório de jogo, 6 sprints de 40 metros, 1 corrida de 2800 metros e 3 perguntas orais depois...

Já sou árbitro estagiário.

Já posso começar a receber uns tramoços e minuins.

30 de março de 2009

Não tenho medo de ninguém!

Ora aqui está uma boa ideia para acabar com os insultos à equipa de arbitragem... E ainda há quem diga que a Roménia é um país de terceiro mundo... sinceramente...

Um árbitro assistente amedrontado pode fazer quase tudo. Pelo menos este árbitro assistente romeno. Numa partida da Série D da Roménia (quarto escalão nacional) entre o Popesti Stefan e o Unirea Dragalina, um bandeirinha sacou de uma pistola para se defender de uma multidão furiosa.

O Popesti perdia em casa por 1-2 e terá visto o tal árbitro anular-lhe indevidamente o golo que faria o empate neste derby das divisões secundárias. Os adeptos do Popesti não se contiveram e invadiram o campo em busca do (ir)responsável.

Perante a multidão, o árbitro sacou de uma pistola e controlou os ímpetos dos furiosos. A partida, naturalmente, foi interrompida nessa altura. Antes de conferir o vídeo, fica uma pergunta: onde é que o homem teria a pistola guardada?



Notícia original: Maisfutebol

22 de março de 2009

Falta de comparência

Ora porra.

Na terça feira faltei à sessão. Por incrível que pareça estava tão indrominado com a tese que me esqueci completamente. 

Só me lembrei na quarta-feira, ao mesmo tempo que me lembrei que tinha consulta no dentista no dia a seguir.

Perdi a oportunidade de conhecer o Tenente-Coronel Pedro Henriques. Está visto que tenho que lhe fazer uma visita ali a... Mafra, pois claro.

Mas dizem as más línguas que tirando o convívio com mais um árbitro de primeira água foram 3 horas de aborrecimento... Menos mau então.

E ainda houve outro ponto positivo. Assim tive direito a receber uma chamada da Carla.

Eu não disse?


Qualquer bom árbitro de primeira categoria tem de saber roubar o Sporting.

De preferência assinalar uma grande penalidade por uma mão na bola duvidosa.

Ou então assinalar uma grande penalidade por claro peito na bola. Mesmo que seja fora da área de grande penalidade, o que interessa é apitar e apontar a marca dos 11 metros.

Estou safo, ninguém me pára rumo à primeira categoria.

É que como bónus também beneficiei uma equipa de vermelho em deterimento do Sporting.

Mas calma que eu não assumo o erro como o amigo Lucílio, eu achei e continuo a achar que estive bem.

Alentejanitos de uma figa

Mais um sábado de arbitragem, desta vez em dose dupla.

O único ponto de destaque nestes dois jogos foi que já estou a ficar mais habituado ao apito e já consigo apitar alto, com força e determinação - no fear.

Na falta da equipa da escola do Sporting e da sua terrível massa adepta, apareceu o Grândola Futebol Clube (peço desculpa se o nome não estiver correcto) e o seu maniento treinador. Lá me safei porque arbitrei o jogo que eles ganharam confortavelmente e não o ouvi refilar, mas os meus colegas ouviram e das boas.

Primeiro a 30 metros de distância conseguiu ver uma bola dentro da baliza que mais ninguém viu (excepto a torcida do clube, que consistia num homenzinho - provavelmente o motorista do autocarro que levou a criançada).

Depois teimava que o guarda-redes não pode chutar a bola fora da área...

Enfim... Gente iluminada há-os em todo o lado.

16 de março de 2009

Os insultos

Voltei a arbitrar a equipa de escolas de Sporting, desta vez contra uma outra escola qualquer.

Desta vez calhou-me ficar a arbitrar do lado das bancadas e só tenho a dizer que nunca tinha ouvido tanto insulto em tão pouco tempo. Na verdade, acho que nos meus 23 anos 7 meses e 2 semanas (mais coisa menos coisa) todos juntos não tinha ouvido tantos insultos.

Os pais dos miudos do Sporting são mesmo uns arruaceiros! Tudo foi motivo para me chamarem filho de não sei quem e outras coisas mais ou menos graves, mas sempre num tom de voz ameaçador... e assim são educados os nossos jovens...

João Capela

Este sábado tivemos um convidado especial na aula: João Capela - árbitro de primeira categoria nacional, membro da AFL.

Este a falar um bocado da experiência dele, prevenindo-nos das dificuldades que vamos encontrar, nomeadamente a falta de condições ao nível dos distritais... 

Lá vou ter que trabalhar afincadamente para poder chegar à primeira categoria e viver que nem um lorde.

14 de março de 2009

Prri prri - take 2

Ora amanhã (que já é hoje) vou ter a minha segunda actuação, outra vez na Outurela, em mais um mini-torneio organizado pela escola Carlos Queiroz.

Espero causar menos polémica. Pelo menos para a minha mãe não ser tão insultada :)

Entretanto, só esta semana é que tivemos uma sessão sobre como arbitrar em jogos a dois árbitros. Por acaso as dicas que foram dadas foi tudo coisas que eu até fiz no primeiro jogo.

Deram-nos também algumas dicas práticas e o que se ouviu mais falar foi em violência contra os árbitros. Basicamente se nos quiserem bater pisgamo-nos para o pé do senhor guarda. Ou então Deus nos acuda.

5 de março de 2009

Prrrriiiiii

Ontem comprei um belo apito.

Oh p'ra ele:


2 de março de 2009

Espanha: árbitro violentamente agredido em jogo de juvenis

Um árbitro foi violentamente agredido este fim-de-semana, num jogo de juvenis em Espanha. Manuel M.R., que foi hospitalizado e se encontra agora em observação domiciliária, conta momentos de terror vividos no encontro entre o Cerro de Águila e o Bétis, dizendo que foi atingido por centenas de pontapés.

Os incidentes aconteceram aos 50 minutos de jogo, quando o Bétis vencia por 1-0 e o juiz expulsou um jogador do Cerro. «Um só golpe mal dado seria suficiente para me terem morto. Deram-me 200 golpes e um só seria suficiente e poderia ter saído do campo num carro fúnebre, em vez de ambulância», afirmou o árbitro, em declarações à Telecinco.

Sem encontrar motivos para o que se passou, o juiz diz que o seu grande erro «foi dar o apito inicial para o jogo» e garante que não abandonará o futebol por causa do incidente, mas reclama medidas eficazes para estes casos, que têm acontecido com frequência alarmante: «Os castigos são para rir, as multas aos jogadores também e três dias mais tarde estão outra vez em campo a agredir outro companheiro.»


Note to self: Nunca expulsar um jogador da casa.

1 de março de 2009

Contra o Sporting roubar, roubar

Finalmente peguei num apito e arbitrei um jogo. E que melhor estreia senão um...


vs


Eram só escolinhas dos respectivos clubes, mas ainda assim... 

Ouvi dizer que era um requisito para chegar à primeira categoria, por isso, ontem, quando me estreei a arbitrar, ainda que fosse só a brincar, num encontro de gigantes, tive que marcar um penalti duvidoso... contra o Sporting.

"PALHAÇO!" Ouviu-se na bancada.
"FILHO DA TUA MÃE!"

Mas para mim tenho que foi mesmo penalti, não se pode jogar com os braços no ar.

Polémicas e insultos à equipa de arbitragem à parte, foi um jogo em que houve de tudo... 

Uma mão descarada logo a abrir.

Outro penalti.

Um jogador lesionado - ou a fazer fita - que me obrigou a interromper o jogo e recomeçar com bola ao solo (os jogadores do Manchester não sabiam o que era uma bola ao solo).

Um livre com barreira de onde um jogador saiu antes de a bola se mover - cartão amarelo - e o miúdo borradinho de medo a pedir-me desculpa. Calma que não te mordo.


21 de fevereiro de 2009

Mão na massa

Bem, hoje foi então a primeira aula prática.

Apesar dos percalços correu bastante bem, cheguei lá tive que ir dar o meu nome para marcar no livro de presenças.

"Nome?"
"Francisco Silva"
(ao mesmo tempo)
"Francisco Silva? És de [não sei onde]?"
e...
"Francisco Silva... Nome de árbitro!" (Pimba! O ego todo inchado...)

Depois lá andamos a fazer uns exercícios de aquecimento, que já iam a meio quando cheguei e depois andámos lá com as bandeirinhas a praticar como árbitros assistentes... a marcar lançamentos, pontapés-de-canto, pontapés-de-baliza e foras-de-jogo.

A lei do fora-de-jogo é MUITA lixada!

A conclusão a que chegámos é que nos primeiros tempos NUNCA vamos marcar foras-de-jogo contra a equipa da casa e vamos marcar SEMPRE contra a equipa visitante, caso contrário, dada a proximidade com as bancadas, o risco de levar uma bengalada, uma bofetada ou uma perna-de-frango'ada é demasiado elevado.

CAC - ou cê á cê

Começou logo bem o dia, o despertador não tocou e assim tive de levar o carro em vez de ir de transportes.

Grave: A aula era no CAC (Clube Atlético e Cultural) da Pontinha e não sabia bem (nem mal) o caminho.

Pedi o GPS à minha irmã... Não tinha bateria e o carregador não estava cá.

Lá fui eu agarrado ao telemóvel onde felizmente tenho o Google Maps e sempre deu para tirar algumas ideias, pelo menos deu para chegar com sucesso à Pontinha.

Chegado à Pontinha nova dificuldade: encontrar o campo. Método escolhido: perguntar às pessoas, claro.

1ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Ah desculpe não sei, sou de Setúbal"

2ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Nunca ouvi falar dessa m....!" (era simpático o senhor...)
"O clube! O atlético! O clube aqui da pontinha..."
"AH! O cê á cê!?"
"Sim isso mesmo"
"Ah isso é do outro lado da Pontinha, vai por aqui..." bla bla bla "...e depois pergunta"

Lá fui andando até as casas se acabarem, que por acaso coincidiu com as bombas de gasolina. Perguntei à empregada (também fui burro, ela era novinha, via-se logo que não devia saber)...

3ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Não faço ideia" 

4ª tentativa (a um homem que estava a pôr gasolina):
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"O..."
"O cê á cê..."
"Ah! É do outro lado da Pontinha! [mau... tu queres ver...?] Vá por aqui até ao posto da polícia e pergunte lá" 

Como o posto da polícia era mesmo ali ao lado fiquei a pensar que o homem se referia a outro posto de polícia... Então lá fui andando meio à toa, tentando atravessar a Pontinha noutra direcção. Perguntei a 5 pessoas e ninguém fazia a mínima ideia onde era o CAC, ou nem faziam ideia o que era o CAC (ou cê á cê).

Resolvi então estacionar e pegar no croquis que me deram, onde explicava como chegar da estação de Metro até ao local. 

Novos problemas: perceber de que lado da estação é que eu estava e qual a escala do mapa. Lá consegui encontrar o Norte e fui andando a pé... Até que passam uns maganos num 206, páram (devem ter achado que eu tinha cara de desportista) e perguntam se eu sabia onde era o CAC, ora não queria eu ouvir outra coisa, apanhei boleia deles e lá fomos perguntando e voltando para trás (com 4 cabeças sempre é mais fácil), até que finalmente descobrimos o maldito campo.

Chegámos já atrasados, claro.

No fim ainda pior, para chegar ao carro fartei-me de andar.

No final das contas o campo era no Bairro Padre Cruz, mesmo em frente à casa da avó Emília.

20 de fevereiro de 2009

Compras

Hoje tive que ir às compras para ter uns ténis e um fato-de-treino apresentáveis para levar para as aulas práticas e para quando começar a ir aos jogos...

Fui à SportZone... preços  malucos...

Fui à Decathlon... preços malucos na mesma... o material da marca deles ainda é mais caro que os Nikes, Adidas, Pumas e companhias limitadas...

Conclusão: de €100 pouco sobrou, e só comprei os ténes, umas calças de fato-de-treino (que se lixe o blusão), uma tixérte e um par de meias... CHULOS!

Olha aí a qualidade do material...





19 de fevereiro de 2009

Tu cá tu lá

Na 3ª Sessão um dos oradores foi o Hélio Santos, um ex-árbitro de 1ª categoria nacional que ainda não há meia dúzia de anos deixou a arbitragem.

Ainda me lembro perfeitamente de ele ter apitado jogos do Sporting. Não me recordo particularmente de nenhum, mas uma coisa tenho a certeza: Já o insultei.

E agora estive para ali a falar tu-cá-tu-lá com ele.

E daqui a uns tempos (se tudo correr como o previsto) há-de haver alguém com quem actualmente falo tu-cá-tu-lá que me vai estar a insultar, a mim e à minha mãe.

Ele há com cada coisa...

3ª Sessão

Leis 14, 15 e 16 - Do lançamento lateral, do pontapé de baliza e do pontapé de canto.

Sabiam que não pode ser marcado golo directamente num lançamento lateral?

Sabiam que não pode ser marcado auto-golo directamente num pontapé de baliza ou num pontapé de canto (bem sei que também era difícil)?

Sabiam que se alguma destas situações acontecer é pontapé de canto (ou de baliza) contra a equipa que marcou o golo ou auto-golo?

Eu não sabia, mas tem graça, tá giro.

64.5

Estou escandalizado!

Hoje fui-me pesar e a balança marcou uns incríveis 64.5 Kg.

A última vez que me pesei não foi há muito tempo e tinha 60Kg, peso à volta do qual ando há já muitos anos (59, 61, 59.50, 60.50... por aí fora).

16 de fevereiro de 2009

Vieira quer ‘outra’ arbitragem

Luís Filipe Vieira, em entrevista transmitida pela SIC Notícias, mostrou-se absolutamente favorável à introdução de meios-vídeo que ajudem os árbitros, defendendo a ideia de que «não será com mais juízes que se resolverá o problema que temos em mãos».

Concordo que não são precisos mais árbitros, mas também não são precisos os meios-vídeo. São sim precisos MELHORES árbitros.

Mas está descansado que eu já vou a caminho!

14 de fevereiro de 2009

2ª Sessão

Primeira sessão ao Sábado de manhã, ai como custa acordar às 7h30 a um Sábado!

Mas valeu a pena. 

Oradores: Carlos Matos e Amaral Dias, para quem não sabe, ex-assistentes do Vítor Pereira, para quem não sabe, também não vou explicar, foi o melhor árbitro português dos últimos anos (o último bom que houve), ok já expliquei.

Tema: Lei 6 - Árbitros Assistentes e Lei 11 - Fora de Jogo.

Nesta sessão comecei a fazer pela vida, que é como quem diz, engraxar os professores, tendo aqui como bónus o facto de ambos serem também observadores de árbitros. 
E parece que resultou!! A dado passo fiz mais uma observação perspicaz, vira-se o Carlos Matos para mim e diz: "muito bem, TU VAIS LONGE". 

Depois ainda tentou disfarçar com um "Onde moras? Mafra? Eu logo vi que ias para longe!" para os outros não se sentirem inferiorizados, mas já era tarde.

E pronto, está explicado o título deste blogue.

1ª Sessão

Não sei porque é que decidiram chamar "sessões" às aulas, mas pronto...

A primeira sessão começou logo com um atraso de praí 15 minutos, que é para a malta se começar logo a habituar a não começar as coisas à hora marcada.

Os responsáveis da escola deram uma palestrazinha a dar-nos os parabéns pela nossa coragem em querermos ser árbitros, em boa parte motivados, digo eu, pela forte afluência do sexo feminino - 8 (contei-as eu) num total de praí 60, o que dá mais 10% de senhoras, uma percentagem bem superior à do meu curso (Engenharia de Redes de Comunicações, no IST, para quem não sabe/não se lembra).

Muito giro, muito giro, mas a malta (eu) quer é começar a aprender coisas, já chega de paleio.

E lá vieram o José "Neves" Neves e o Manuel "Manel" António para nos falar da Lei 3 - O Número de Jogadores.

Primeira aula, primeira regra injusta (parece que há muitas...): imagine-se que a bola vai direitinha à baliza, o guarda-redes já ficou para trás, não há possas de água nem está vento e a relva está em perfeitas condições. Não há como a bola não entrar na baliza. Eis que salta um adepto (tipo o outro que apertou o gasganete ao árbitro assistente) e desvia a bola da baliza. Bola ao solo no local em que a bola se encontrava.

Mas há mais. Imagine-se que um avançado troca de camisola com o guarda-redes mas "esquece-se" de avisar o árbitro e a seguir agarra a bola com as mãos. Vermelho? Não porque para todos os efeitos foi o guarda-redes que agarrou a bola. No entanto, levam cartão amarelo tanto o guarda-redes como o avançado por terem trocado de equipamento sem dar conhecimento ao árbitro.

Lei 3

Assim é que eu gosto, começar logo pelo mais interessante.

A ideia do curso é começar a arbitrar o mais rápido possível, assim começa-se por aprender as leis mais importantes - 3, 6, 11, 15, 16 e 17 - e o resto logo se verá.

Pelo que parece há falta de árbitros em Portugal - com o tratamento tão respeituoso que têm todos os fins-de-semana, até admira - e há jogos em que só há um árbitro auxiliar e outros em que estas funções são desempenhadas pela primeira pessoa que aparecer e que não tenha nada que fazer. Assim sendo, incompetentes por incompetentes, sempre se mete lá alguém que sabe qualquer coisinha.

E assim, ao que consta, no final do primeiro módulo, que é como quem diz, daqui a 2 semanas já posso "actuar" como árbitro assistente (ou fiscal-de-linha, vá).

Ora bem

Se toda a gente tem um blog, porque raio de razão eu não hei-de ter o meu também? (O do Tonel não é só meu, por isso não conta).

Não sei escrever, mas que importa? O PSD também não sabe fazer oposição e (não) faz!

Sendo que a minha vida é demasiado vazia de conteúdos, tive de esperar até começar a fazer alguma coisa de (mais ou menos) interessante (pelo menos para mim) para ter como fazer um post de vez em quando.

Pronto, comecei esta semana o curso de árbitro e é sobre as minhas peripécias como (futuro) senhor do apito que aqui vou monologar.