Começou logo bem o dia, o despertador não tocou e assim tive de levar o carro em vez de ir de transportes.
Grave: A aula era no CAC (Clube Atlético e Cultural) da Pontinha e não sabia bem (nem mal) o caminho.
Pedi o GPS à minha irmã... Não tinha bateria e o carregador não estava cá.
Lá fui eu agarrado ao telemóvel onde felizmente tenho o Google Maps e sempre deu para tirar algumas ideias, pelo menos deu para chegar com sucesso à Pontinha.
Chegado à Pontinha nova dificuldade: encontrar o campo. Método escolhido: perguntar às pessoas, claro.
1ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Ah desculpe não sei, sou de Setúbal"
2ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Nunca ouvi falar dessa m....!" (era simpático o senhor...)
"O clube! O atlético! O clube aqui da pontinha..."
"AH! O cê á cê!?"
"Sim isso mesmo"
"Ah isso é do outro lado da Pontinha, vai por aqui..." bla bla bla "...e depois pergunta"
Lá fui andando até as casas se acabarem, que por acaso coincidiu com as bombas de gasolina. Perguntei à empregada (também fui burro, ela era novinha, via-se logo que não devia saber)...
3ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Não faço ideia"
4ª tentativa (a um homem que estava a pôr gasolina):
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"O..."
"O cê á cê..."
"Ah! É do outro lado da Pontinha! [mau... tu queres ver...?] Vá por aqui até ao posto da polícia e pergunte lá"
Como o posto da polícia era mesmo ali ao lado fiquei a pensar que o homem se referia a outro posto de polícia... Então lá fui andando meio à toa, tentando atravessar a Pontinha noutra direcção. Perguntei a 5 pessoas e ninguém fazia a mínima ideia onde era o CAC, ou nem faziam ideia o que era o CAC (ou cê á cê).
Resolvi então estacionar e pegar no croquis que me deram, onde explicava como chegar da estação de Metro até ao local.
Novos problemas: perceber de que lado da estação é que eu estava e qual a escala do mapa. Lá consegui encontrar o Norte e fui andando a pé... Até que passam uns maganos num 206, páram (devem ter achado que eu tinha cara de desportista) e perguntam se eu sabia onde era o CAC, ora não queria eu ouvir outra coisa, apanhei boleia deles e lá fomos perguntando e voltando para trás (com 4 cabeças sempre é mais fácil), até que finalmente descobrimos o maldito campo.
Chegámos já atrasados, claro.
No fim ainda pior, para chegar ao carro fartei-me de andar.
No final das contas o campo era no Bairro Padre Cruz, mesmo em frente à casa da avó Emília.