...até Mafra

21 de fevereiro de 2009

Mão na massa

Bem, hoje foi então a primeira aula prática.

Apesar dos percalços correu bastante bem, cheguei lá tive que ir dar o meu nome para marcar no livro de presenças.

"Nome?"
"Francisco Silva"
(ao mesmo tempo)
"Francisco Silva? És de [não sei onde]?"
e...
"Francisco Silva... Nome de árbitro!" (Pimba! O ego todo inchado...)

Depois lá andamos a fazer uns exercícios de aquecimento, que já iam a meio quando cheguei e depois andámos lá com as bandeirinhas a praticar como árbitros assistentes... a marcar lançamentos, pontapés-de-canto, pontapés-de-baliza e foras-de-jogo.

A lei do fora-de-jogo é MUITA lixada!

A conclusão a que chegámos é que nos primeiros tempos NUNCA vamos marcar foras-de-jogo contra a equipa da casa e vamos marcar SEMPRE contra a equipa visitante, caso contrário, dada a proximidade com as bancadas, o risco de levar uma bengalada, uma bofetada ou uma perna-de-frango'ada é demasiado elevado.

CAC - ou cê á cê

Começou logo bem o dia, o despertador não tocou e assim tive de levar o carro em vez de ir de transportes.

Grave: A aula era no CAC (Clube Atlético e Cultural) da Pontinha e não sabia bem (nem mal) o caminho.

Pedi o GPS à minha irmã... Não tinha bateria e o carregador não estava cá.

Lá fui eu agarrado ao telemóvel onde felizmente tenho o Google Maps e sempre deu para tirar algumas ideias, pelo menos deu para chegar com sucesso à Pontinha.

Chegado à Pontinha nova dificuldade: encontrar o campo. Método escolhido: perguntar às pessoas, claro.

1ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Ah desculpe não sei, sou de Setúbal"

2ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Nunca ouvi falar dessa m....!" (era simpático o senhor...)
"O clube! O atlético! O clube aqui da pontinha..."
"AH! O cê á cê!?"
"Sim isso mesmo"
"Ah isso é do outro lado da Pontinha, vai por aqui..." bla bla bla "...e depois pergunta"

Lá fui andando até as casas se acabarem, que por acaso coincidiu com as bombas de gasolina. Perguntei à empregada (também fui burro, ela era novinha, via-se logo que não devia saber)...

3ª tentativa:
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"Não faço ideia" 

4ª tentativa (a um homem que estava a pôr gasolina):
"Olhe, pode-me dizer onde fica o campo do CAC?"
"O..."
"O cê á cê..."
"Ah! É do outro lado da Pontinha! [mau... tu queres ver...?] Vá por aqui até ao posto da polícia e pergunte lá" 

Como o posto da polícia era mesmo ali ao lado fiquei a pensar que o homem se referia a outro posto de polícia... Então lá fui andando meio à toa, tentando atravessar a Pontinha noutra direcção. Perguntei a 5 pessoas e ninguém fazia a mínima ideia onde era o CAC, ou nem faziam ideia o que era o CAC (ou cê á cê).

Resolvi então estacionar e pegar no croquis que me deram, onde explicava como chegar da estação de Metro até ao local. 

Novos problemas: perceber de que lado da estação é que eu estava e qual a escala do mapa. Lá consegui encontrar o Norte e fui andando a pé... Até que passam uns maganos num 206, páram (devem ter achado que eu tinha cara de desportista) e perguntam se eu sabia onde era o CAC, ora não queria eu ouvir outra coisa, apanhei boleia deles e lá fomos perguntando e voltando para trás (com 4 cabeças sempre é mais fácil), até que finalmente descobrimos o maldito campo.

Chegámos já atrasados, claro.

No fim ainda pior, para chegar ao carro fartei-me de andar.

No final das contas o campo era no Bairro Padre Cruz, mesmo em frente à casa da avó Emília.

20 de fevereiro de 2009

Compras

Hoje tive que ir às compras para ter uns ténis e um fato-de-treino apresentáveis para levar para as aulas práticas e para quando começar a ir aos jogos...

Fui à SportZone... preços  malucos...

Fui à Decathlon... preços malucos na mesma... o material da marca deles ainda é mais caro que os Nikes, Adidas, Pumas e companhias limitadas...

Conclusão: de €100 pouco sobrou, e só comprei os ténes, umas calças de fato-de-treino (que se lixe o blusão), uma tixérte e um par de meias... CHULOS!

Olha aí a qualidade do material...





19 de fevereiro de 2009

Tu cá tu lá

Na 3ª Sessão um dos oradores foi o Hélio Santos, um ex-árbitro de 1ª categoria nacional que ainda não há meia dúzia de anos deixou a arbitragem.

Ainda me lembro perfeitamente de ele ter apitado jogos do Sporting. Não me recordo particularmente de nenhum, mas uma coisa tenho a certeza: Já o insultei.

E agora estive para ali a falar tu-cá-tu-lá com ele.

E daqui a uns tempos (se tudo correr como o previsto) há-de haver alguém com quem actualmente falo tu-cá-tu-lá que me vai estar a insultar, a mim e à minha mãe.

Ele há com cada coisa...

3ª Sessão

Leis 14, 15 e 16 - Do lançamento lateral, do pontapé de baliza e do pontapé de canto.

Sabiam que não pode ser marcado golo directamente num lançamento lateral?

Sabiam que não pode ser marcado auto-golo directamente num pontapé de baliza ou num pontapé de canto (bem sei que também era difícil)?

Sabiam que se alguma destas situações acontecer é pontapé de canto (ou de baliza) contra a equipa que marcou o golo ou auto-golo?

Eu não sabia, mas tem graça, tá giro.

64.5

Estou escandalizado!

Hoje fui-me pesar e a balança marcou uns incríveis 64.5 Kg.

A última vez que me pesei não foi há muito tempo e tinha 60Kg, peso à volta do qual ando há já muitos anos (59, 61, 59.50, 60.50... por aí fora).

16 de fevereiro de 2009

Vieira quer ‘outra’ arbitragem

Luís Filipe Vieira, em entrevista transmitida pela SIC Notícias, mostrou-se absolutamente favorável à introdução de meios-vídeo que ajudem os árbitros, defendendo a ideia de que «não será com mais juízes que se resolverá o problema que temos em mãos».

Concordo que não são precisos mais árbitros, mas também não são precisos os meios-vídeo. São sim precisos MELHORES árbitros.

Mas está descansado que eu já vou a caminho!

14 de fevereiro de 2009

2ª Sessão

Primeira sessão ao Sábado de manhã, ai como custa acordar às 7h30 a um Sábado!

Mas valeu a pena. 

Oradores: Carlos Matos e Amaral Dias, para quem não sabe, ex-assistentes do Vítor Pereira, para quem não sabe, também não vou explicar, foi o melhor árbitro português dos últimos anos (o último bom que houve), ok já expliquei.

Tema: Lei 6 - Árbitros Assistentes e Lei 11 - Fora de Jogo.

Nesta sessão comecei a fazer pela vida, que é como quem diz, engraxar os professores, tendo aqui como bónus o facto de ambos serem também observadores de árbitros. 
E parece que resultou!! A dado passo fiz mais uma observação perspicaz, vira-se o Carlos Matos para mim e diz: "muito bem, TU VAIS LONGE". 

Depois ainda tentou disfarçar com um "Onde moras? Mafra? Eu logo vi que ias para longe!" para os outros não se sentirem inferiorizados, mas já era tarde.

E pronto, está explicado o título deste blogue.

1ª Sessão

Não sei porque é que decidiram chamar "sessões" às aulas, mas pronto...

A primeira sessão começou logo com um atraso de praí 15 minutos, que é para a malta se começar logo a habituar a não começar as coisas à hora marcada.

Os responsáveis da escola deram uma palestrazinha a dar-nos os parabéns pela nossa coragem em querermos ser árbitros, em boa parte motivados, digo eu, pela forte afluência do sexo feminino - 8 (contei-as eu) num total de praí 60, o que dá mais 10% de senhoras, uma percentagem bem superior à do meu curso (Engenharia de Redes de Comunicações, no IST, para quem não sabe/não se lembra).

Muito giro, muito giro, mas a malta (eu) quer é começar a aprender coisas, já chega de paleio.

E lá vieram o José "Neves" Neves e o Manuel "Manel" António para nos falar da Lei 3 - O Número de Jogadores.

Primeira aula, primeira regra injusta (parece que há muitas...): imagine-se que a bola vai direitinha à baliza, o guarda-redes já ficou para trás, não há possas de água nem está vento e a relva está em perfeitas condições. Não há como a bola não entrar na baliza. Eis que salta um adepto (tipo o outro que apertou o gasganete ao árbitro assistente) e desvia a bola da baliza. Bola ao solo no local em que a bola se encontrava.

Mas há mais. Imagine-se que um avançado troca de camisola com o guarda-redes mas "esquece-se" de avisar o árbitro e a seguir agarra a bola com as mãos. Vermelho? Não porque para todos os efeitos foi o guarda-redes que agarrou a bola. No entanto, levam cartão amarelo tanto o guarda-redes como o avançado por terem trocado de equipamento sem dar conhecimento ao árbitro.

Lei 3

Assim é que eu gosto, começar logo pelo mais interessante.

A ideia do curso é começar a arbitrar o mais rápido possível, assim começa-se por aprender as leis mais importantes - 3, 6, 11, 15, 16 e 17 - e o resto logo se verá.

Pelo que parece há falta de árbitros em Portugal - com o tratamento tão respeituoso que têm todos os fins-de-semana, até admira - e há jogos em que só há um árbitro auxiliar e outros em que estas funções são desempenhadas pela primeira pessoa que aparecer e que não tenha nada que fazer. Assim sendo, incompetentes por incompetentes, sempre se mete lá alguém que sabe qualquer coisinha.

E assim, ao que consta, no final do primeiro módulo, que é como quem diz, daqui a 2 semanas já posso "actuar" como árbitro assistente (ou fiscal-de-linha, vá).

Ora bem

Se toda a gente tem um blog, porque raio de razão eu não hei-de ter o meu também? (O do Tonel não é só meu, por isso não conta).

Não sei escrever, mas que importa? O PSD também não sabe fazer oposição e (não) faz!

Sendo que a minha vida é demasiado vazia de conteúdos, tive de esperar até começar a fazer alguma coisa de (mais ou menos) interessante (pelo menos para mim) para ter como fazer um post de vez em quando.

Pronto, comecei esta semana o curso de árbitro e é sobre as minhas peripécias como (futuro) senhor do apito que aqui vou monologar.